Rio Grande do Sul: nossos valores
Sirvam nossas façanhas de modelo a toda a terra
Há Santa Catarina ao Norte, o Uruguai ao Sul, a Argentina a Oeste e o Oceano Atlântico ao Leste, mas a verdade é que o Rio Grande do Sul não tem limites. Nem seu povo. O desconhecimento de fronteiras pode ser herança indígena.

E quantas mortes dolorosas viu nesse nosso chão. Quando o homem branco chegou, em nome de reis e rainhas, decidido a dividir terras e definir fronteiras, muitas vezes não houve palavrório que impedisse que decisões determinadas com espadas na mão. Tantos índios pereceram nas Missões, e outros tantos em conflitos menores que desenharam com sangue o mapa do nosso Estado.
Não se achicar na frente do adversário é outra característica de nosso povo. Os gaúchos têm orgulho de ser o que são, de acreditar no que acreditam, de seguir a quem seguem e defenderão, até o fim, seus direitos. E essa crença balizou a maior guerra civil do período colonial brasileiro, a Revolução Farroupilha. Uma década de lutas em que gente comum virou soldado, fazendeiro virou herói, e o Rio Grande do Sul virou um país.
A guerra foi justa? Seu resultado, certo? Quase 200 anos depois, quando vemos milhares de pessoas comemorando o 20 de Setembro – o início do decênio heroico, que terminou em março de 1845 –, percebemos que o gaúcho celebra não a vitória ou a derrota, este ou aquele nome do passado. O que se reverencia é o conjunto de qualidades admiráveis que fizeram do Rio Grande um grande Estado e, de nossa gente, um grande povo.
São valores universais que não escolhem raça e extrato social para se abrigar. Gosto pelo trabalho – seja na cidade ou no campo – cordialidade, honestidade e fibra. Nem todos carregam as qualidades, mas todos as querem. Isso porque, acreditava-se no passado, que quem as tinha, alcançaria a glória. E em busca dessas virtudes, e da glória, os gaúchos se espraiaram para todos os cantos do país e do globo, ignorando fronteiras.
Muitos levavam escondida na bagagem, mesmo sem querer, memórias do chimarrão, do sol avermelhando o céu no poente, de cuscos acompanhando seus mestres campo afora e de longas baias onde homens e cavalos mantinham a parceria e a cumplicidade das cavalgadas da vida. Levavam recordações de antigos 20 de Setembros, de prendas em vestidos rodados, de pingos bem encilhados e montados por homens de largas bombachas, do bate-patas de cavalos e uma chama que arde sem parar no peito de quem ama o chão onde nasceu, mesmo estando longe dele.
Para reverenciar esse povo, fotógrafos do Diário captaram imagens da ligação do gaúcho com sua terra, as quais você vê nessas páginas.
Texto: Tatiana Dutra - tatiana.dutra@diariosm.com.br
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