Desfile Farroupilha em Livramento
Com 10 mil pessoas, desfile em Santana do Livramento bate recorde de participantes
Quase 6 mil cavalos, carros temáticos, charretes e carroças estiveram no evento

O desfile iniciou pontualmente às 9h, saindo da Rua dos Andradas, em Livramento, passando pelo Parque Internacional, na divisa entre Brasil e Uruguai, e encerrando na Avenida Sarandí, em Rivera. A organização contou com patrões dos 40 CTGs do município, presidentes de fundações, entidades e líderes de agrupaciones uruguaias.
Com o objetivo de conseguir um local com visão privilegiada, a professora de Rosário do Sul, Ladi Maria Xavier, chegou no Parque Internacional antes das 7h. Colocou sua cadeira de praia ao lado do palanque, no lado brasileiro, e disse que estava ali para prestigiar o desfile mais importante do Estado.
Para ela, a Semana Farroupilha deveria servir para que todos os gaúchos refletissem sobre o período mais importante da história gaúcha.
— A Revolução Farroupilha deflagrada mostrou a nossa insatisfação, independente do resultado obtido — comentou Ladi Xavier.
Na abertura do desfile, um dos momentos mais marcantes do evento. O cavaleiro Emerson Tavares, que apresentava a bandeira do Uruguai, se emocionou ao passar pelo palanque oficial. Com lágrimas nos olhos, beijou as bandeiras dos dois países, e acabou sendo ovacionado por todos. O público o aplaudiu de pé. Ele disse que o amor que existe na fronteira com a tradição nativista, a união entre os povos dos dois países, em especial entre Santana do Livramento e Rivera, supera qualquer divisa não tendo como não se emocionar.
— O povo de Livramento e Rivera é tão unido, que a divisa dos países é feita com uma linha imaginária — afirmou o cavaleiro uruguaio.
Carmem Laguno, presidente da comissão organizadora do desfile, garantiu que o evento deste ano superou todas as expectativas. Ela atribui a dedicação de cada um dos integrantes dos CTGs e entidades convidadas ao sucesso.
As ruas de Santana do Livramento e Rivera estão decoradas com as cores da bandeira do Rio Grande do Sul. O comércio em geral, além dos prédios públicos e particulares, se preparou para o que considera o evento máximo das comemorações. Para os envolvidos, o amor pelo nativismo faz com que a tradição e integração ultrapasse a divisa dos dois países.
Mauro Saraiva Junior - ClicRBS
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